Seja muito bem vinda! Cá estou eu, a Nolita, colocando as bagunças, traquitanas, criações e algumas criaturas para você ler, aprender, comentar, divergir e se divertir!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Uma manhã "normal"...

Ah as manhãs de Natal... preguiçosas, engordativas, calmas.
Oi? Caí de cabeça por acaso? Onde, em que dimensão, minhas manhãs são assim?
Hehehehe.

Mais que "macaquinhos no sótão", tenho uma família inteira de orangotangos!

Então, uma manhã normal para mim é desse jeito:

Você acorda, faz e toma o café, parte para o quintal para recolher "presentes dos filhos" e lavar tudo.
Já bota a piscina para filtrar e "taca" cloro.
Entra de novo em casa, lava louça, arruma quarto, varre a casa.
Põe roupas na máquina para lavar. Troca de roupa, até então em pijamas.

De volta ao quintal, resolve mudar os móveis de lugar (pallets irão chegar, tenho que organizar tudo). Tira tudo de dentro da casa da bomba da piscina, limpa, desmonta uma mesa de plástico e guarda junto com as cadeiras para uso se preciso. Arruma a casa da bomba toda.

Aspira a piscina, regula a química e deixa batendo.

Agora é a vez da porta da casa da bomba. O trinco comprado a dois meses finalmente você resolve instalar. Furadeira, extensão, ferramentas.
Ops! Esqueci o almoço! Pára tudo e vamos fazer.

Almoço feito, posto, louça e cozinha limpas.
Penduremos a roupa no varal.

De volta para o trinco. Mede, fura, prende, ajusta. Porta fechando sem precisar colocar calço.
Mas Murphy tem que dar "pinta" e cai a moldura inferior da porta (podre já). Para prender, há que tirar a porta do lugar, substituir a parte podre... Ahhhh... Isso fica para outro dia.

Guarda tudo, banho, arrumar-se.
Para quê?
Hoje é Natal... A ceia foi com meu pai. O almoço será com meus sogros.
"Mas você já não almoçou, Kiki?"
Claro! Eles almoçam três da tarde! Até lá eu já morri de fome!

Viram? Como disse, uma manhã "normal"!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Rufus Rustic Furniture

O Maria Nolita "deu cria" por assim dizer.
Na verdade a Maria Nolita uniu-se ao Rufus Garage Sale e, 
dessa junção, nasceu o blog Rufus Rustic Furniture.

Neste novo blog estão as criações que fazemos em mobiliário e objetos. 
A proposta é sempre o re-uso de materiais (madeira, metal, pneus, cordas...) 
para criar peças originais e totalmente confeccionadas à mão. 

Você que curte essa proposta, com certeza irá gostar do que lá está. 




Coisas assim, de apaixonar.

Acompanhe a página no facebook e o instagram, e não perca nada.
As peças estão à venda na fan page. 

É, sou irriquieta mesmo. "Macaquinhos no sótão", sempre digo.

Beijos a todos!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Pallets

Ora, se outro dia consegui a bobina, vocês acham que eu não estava atrás de pallets?

Meus macaquinhos no sótão agitados estavam para construir umas coisinhas
 com os quadrados de madeira. 
Até por que o que não faltam são idéias pululando na rede. 

Acabei sendo presentada no dia das crianças último, com um monte de pallets.
Cinquenta para ser mais exata. E dos bons! Inteiros, ótimo estado...


Ferramentas em punho, idéias fervilhando na cabeça, parti para a primeira "peça".

Em uma tarde sozinha, soltei meus "macaquinhos" e fizemos uma oficina de marcenaria na varanda da churrasqueira aqui em casa.

Corta daqui, mede dali, prega, lixa... E eis que surge a minha espreguiçadeira!


Linda né? 
Mas não basta estar linda. Macaquinhos inquietos ainda, vamos incrementar a lindeza?


Almofadas para recostar a cabeça, em patchwork! 
E assim, enquanto eu costurava as almofadas, o marido 
(pela primeira vez nessa brincadeira de bricolagem) fazia a segunda espreguiçadeira. 

Olha como ficaram lindas, ops, maravilhosas!

Já as duas nos lugares e finalizadas
E são só as primeiras...

Já tenho novos projetos, mas agora eu só projeto. 
Fui destituída do posto de marceneira pelo marido, rsrsrs...
Mas ok. Deixa o trabalho pesado com ele. Eu fico com o projetar!
(se conseguir manter os macaquinhos quietos, claro...)

Ah! Os móveis e outras criações estarão sim à venda. 
Para encontrá-los, visite
Curta a página e acompanhe as criações!
Ou passa lá no blog! 

Abraço a quem de abraço.
Beijo a quem de beijo!




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mesa? Cadeira? Hummmm...

Bobinas de cabos estão em alta. 
Sabe, aquelas grandes que vemos nos caminhões que reparam cabeamento de postes? Dessas aí.


Então... essa é minha! Hehehe...

Estou há tempos querendo, e ontem, em uma conjunção de fatores e improvisos, essa aí chegou.
Juntou um trajeto diferente, com uma olhada em um canteiro de obras, uma amiga cara-de-pau e 
a boa-vontade dos funcionários em ceder algo que na pilha de entulho estava.
Pronto! Bobina no carro!

Por "default" já é uma mesinha lateral.
Basta meter um bom jato de água para tirar toda essa terra e 
cimento (sim, nos tampos está que é uma "beleza") e já está pronta.

Mas... e os macaquinhos no sótão que me impedem de simplesmente deixar assim?
Naquela linha de pensamento de, não é por ser reciclado que tem que continuar com cara de lixo,
algo há que se inventar.

Busquei pelo Pinterest algumas imagens e idéias para incrementar essa bobina.

Temos mesas.


Ah, o pé da máquina de costura da vovó que deixei para trás...


Hummm... esses pés palito eu tenho...

Mesas/estantes.


Mesas/jardineiras.



Temos poltronas.



Como podem ver, idéias não faltam.

Vou pensando daqui (se vocês quiserem sugerir, tô aceitando idéias)
e, quando decidir, publico.

Beijo a quem de beijo.
Abraço a quem de abraço.







segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Adoçando ( e engordando) a vida...

Mulheres vivem de dieta.
Vivemos mesmo! Temos sempre uns dois quilinhos que queremos fazer desaparecer (no mínimo).
Mas também ninguém vive sem um escorregão, uma pisada na jaca, um vacilo,
 quando o assunto é uma gulosiema que amamos fazer, amamos comer... ai ai.

Na lista das guloseimas que amo, ou pelo gosto ou muito mais pelas lembranças que evocam e pelos novos momentos gostosos que geram, estão os Brownies. Não quaisquer uns. Especificamente os que aprendi a fazer com uma pessoa muito querida (com quem conheci o Patchwork também), 
da qual guardo muito boas lembranças e momentos.
Primeiro então a história...

Eu acabara de voltar ao Movimento Escoteiro, deixara de ser de um grupo da modalidade de Mar e ingressara em um da modalidade Básica. Fui integrar a chefia da recém criada Tropa de Guias Escoteiras e lá conheci a Louise e os Brownies. Louise, inglesa radicada aqui, mãe de escoteiro, já fazia os doces quadradinhos para que a Tropa da qual o filhote fazia parte, arrecadasse com a venda destes ao fim das reuniões, dinheiro para equipar suas patrulhas.
Com a criação da Tropa Guia, a Louise veio integrar a chefia.
 Éramos três nessa tarefa. Tínhamos também a Gabi.

Tropa nova, sem equipamento ou material para desenvolver atividades, 
Louise nos ensinou a fazer os Brownies e com eles, equipamos a tropa inteira.
Fáceis, gostosos e, na versão "tupiniquim" por ela adaptada para baratear o custo, viciantes.

Os quadradinhos marrons, embalados em celofane fizeram uma legião de fãs que até hoje, 
como eu, suspiram e salivam ao deles lembrarem.
Mais de duas décadas se passaram.
 Algumas das guias escoteiras da época aprenderam a receita e esqueceram depois. Outras ao me encontrarem no mundo virtual das redes sociais, me perguntam do doce... Os rapazes?
Esses definitivamente eram fãs.Tal como as guias escoteiras, seniores, escoteiros e chefes na época, 
ainda "sofrem" quando, nesse mesmo mundo virtual, sabem que fiz os Brownies.

Nesse fim de semana, isso se repetiu. Fiz a receita para presentear meu pai, outro fã incondicional e,
 a foto dos Brownies em seu "bercinho" (no tabuleiro, assados antes de serem cortadinhos) 
se transformou em um bate-papo no facebook.
A receita não é um segredo de estado, não existe mais a necessidade da "campanha financeira" 
para equipar a Tropa de Guias.
(acho que nem fazem mais isso hoje em dia. Pena, dava super certo) 
Essa receita que tantas lembranças boas me traz, pode muito bem fazer o dia feliz de outras
e outros que amavam os quadradinhos.

Dedico à todas e todos os que se deliciavam na época com os Brownies da Tropa Guia, 
mas em especial à FernandaMarcelle, Luis e Rogers
As duas por gostarem e por eu saber que farão. 
Os dois, por "sofrerem" demais com a ausência dos doces quadradinhos. 

Brownies

200g de margarina
4 xícaras de chá de açúcar
3 ovos inteiros
3 colheres de sopa de chocolate em pó
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 1/2 xícaras de chá de amendoim torrado e moído (sem casca)

Misturar, tabuleiro untado e enfarinhado, assar.


Beijos, e açucarados quadradinhos lhes desejo!




terça-feira, 3 de setembro de 2013

Customizando

Tarde calma, tarefas "meio" que cumpridas...
Como assim, meio? 
Ah... o importante já foi, estou "barrigando" o que posso deixar para depois, sabe?
Então, meio desocupada, comecei a vagar pela internet.

Lendo blogs que sigo, encontrei esse post.


Bem, minha "Snow White" lindinha, por ser branca já mostrava indícios do uso em sua tira.
Sem contar que estava muito mulherzinha, menininha. 
Não sou eu! 

Com macaquinhos no sótão, fui eu criar a minha própria 
alça para a câmera. 


Que tal? Diz, não ficou a minha cara agora? 

E, acabou o recreio. Tarefas postergadas a executar!

Beijo a quem de beijo. Abraço a quem de abraço.

domingo, 25 de agosto de 2013

Minions? MEGA MINIONS!

Quem não curte os Minions? 
Os bonequinhos amarelinhos "espírito de porco" conquistaram as crianças e os adultos. 
Eu adoro. Acho eles engraçadinhos, curto o jeito meio malvado, meio bonzinho. 
Encontrei no facebook outro dia essa imagem aí, na página desses caras: Recyclelife Brasil


Apesar de não ser exatamente uma fã do artesanato com recicláveis, achei legal. 
Deixem me explicar antes que eu passe por anti-reciclagem, reaproveitamento, etc.  
Na verdade o que eu não curto é a falta de esmero com o produzir arte com recicláveis. 
Não é porque ia para o lixo, que precisa continuar a parecer lixo, certo? 
Continuemos pois.
Focada em meus sobrinhos (de sangue e de coração), logo pensei que isso dava uma boa brincadeira e, depois de pronto, um bom brinquedo.
Mas o tamanho diminuto dos rolinhos faz com que trabalhar com eles seja um trabalhão, 
ainda mais para crianças de três anos e meio.. .
Mas quem disse que só vale rolinho de papael higiênico? Hehehehe


Que tal se for um "rolão" de bobina de plástico? Tá, cortar o bicho só no serrote. 
E assim temos dois tamanhos de corpos de Minions.


Depois de cortados, hora de encher e dar forma à cabeça arredondada. 
Para isso, fita crepe e jornal.


Olha minhas "crianças" na lida...



Essa aí é a Kisa, e seu filhote. 

Uma vez cheios é a hora de revestir com tiras de jornal e cola. Desse jeito.


Sim, sou eu e meu aluninho... Tão aplicado e fofo...



Depois de seco, bora pintar!




Aqui vai uma dica, se quiser misture um pouquinho de cola branca à tinta gouache. Isso dá maior consistência e liga. 
Depois que secar é a hora de acessorizar os bonequinhos. 
Como o Miguel tem apenas três anos e meio eu já levei para ele todos os pedacinhos dos Minions prontos. 
Primeiro porque ele ainda não tem a habilidade necessária para cortar, desenhar e colar direitinho e isso frustra a criança, que passa a achar que não consegue fazer. Estraga a brincadeira. 
Segundo, é tudo com cola quente. Fala sério... 
Assim que antes eu fiz vários óculos com várias versões de olhos, usando cartolina, papelão e acetato. 
Fiz os macacões com cartolina e desenhei os detalhes com hidrocor.


Miguel escolhendo que óculos usar no Minion.


Colando óculos e macacões.



O grande "barato" é que desta forma, Miguel entendeu que a cola não era algo para ele mexer,
 e curtiu escolher os acessórios para seus Minions.

E agora vamos aos braços. Na linha de usar o que seria descartado, para os braços usei retalhos de cartolina preta onde desenhei as luvinhas, e fio de antena de tv por assinatura. Aquele branco. Cortei uns pedaços, pintei, cola quente para prender as mãozinhas e para prender no corpo.


Hora dos cabelos. Vale cartolina preta ou feltro. Usei ambos e o resultado ficou legal!
Com cartolina...

Com feltro...


E olha a felicidade desse moleque com a tropa reunida!





Trabalho? Não. Diversão pura!

Obrigada, Kisa, por topar essa parada, me "emprestar" seu filhote e ainda por cima, curtir pacas as maluquices que invento.

E aqui seguem as imagens da outra feliz "proprietária" desses monstrinhos, 
minha sobrinha de sangue. 
Olha a carinha da moleca!




Obrigada, Mana por ter produzido uma garotinha tão gostosa quanto essa pivetinha aí!


E, viram como reaproveitameto e reciclagem pode ficar sem cara de descartável?

Beijos a quem de beijo. Abraço a quem de abraço.












terça-feira, 23 de julho de 2013

Não à Violência!

Hoje a postagem é longa e dedicada à campanha. 
Tenho visto reportagens, matérias em blogs, depoimentos em redes sociais de mulheres que resolveram "abrir a boca" sobre questôes que nos incomodam desde sempre: assédio, violência, destrato. 
Resolvi me juntar à elas e trazer uma experiência recente minha. 
Sei que nem todos os homens são assim, mas a maioria é desse jeito que tratamos 
(todas as que resolveram falar) sob o título desta de hoje. 
Primeiro posto o link do blog com a matéria que disparou o meu relato.



Antes de opinar, leia. Eu li e posso opinar!
E se você não ler, não vai compreender o relato que segue.
Outro dia fui a Icaraí. Fui para passear? Não. Tinha coisas a resolver e algumas eram em lojas. Masculinas, sou casada. Uso uma aliança de quase um centímetro de largura no meu dedo porque EU escolhi usar. Fui comprar roupas para o meu marido. 
Fui arrumada, claro. Sou mulher, não tenho "problemas" com minha auto-imagem e sem modéstia, sei me vestir de acordo com meus quarenta e dois anos, com meu "status" e com o local e ocasião. 
Vestida estava com uma calça "boyfriend" (larga, para quem não conhece), uma camisa social e acessórios padrão: salto alto, bolsa, adornos. 
Não uso maquiagem, nunca gostei e não curto. 
Ou seja, estava sem decotes, sem pernas à mostra, sem os itens ditos provocativos.
Estava bonita? Claro! Me acho bonita e se me arrumo, é para continuar bonita. 
E vocês se perguntando devem estar "aconteceu algo?" 
Nada fora do que acontece com toda mulher que anda sozinha (e as vezes com as que andam em grupo). Você se vê desconfortável pois alguns seres do sexo masculino não conseguem manter seus pensamentos dentro da cabeça. 
Porque seu educado "bom dia", recebe de volta um "bom dia , _____". 
Porque os vendedores parecem não ouvir que você ali está para comprar uma calça para o seu marido, e ao menor sorriso educado seu, se alvoroçam como urubus em cima de um peixe morto. 
"Ah, mas também, quem manda sorrir?" 
Se você pensa desta forma, vá para a casa do c******!!! 
Existe uma diferença abissal entre ser educada e simpática do flertar! Quem me conhece sabe que se tem uma coisa que não sou é simpática. Nem com conhecidos, que dirá com estranhos. Não tenho uma postura "amigável, amiguinha". Sou soberba, altiva, dura, ainda mais com os 1,80m que os saltos me deixam. 
Minha voz não é mansa, meu tom é autoritário, em suma prefiro intimidar. 
E ainda assim tem um ou outro que, escorado por séculos de comportamento sexual machista, por instintos ainda animais de comportar-se quando em presença feminina,se sente livre para fazer graça, se alvoroçar todo, e sabemos que em alguns casos ousar na gente tocar!
Caras... Na boa? Aviso não somente por mim, mas por muitas mulheres e amigas que tenho, sabe a parada do "gigante acordou"? Pois é... Abram o olho. Cuidem de ver com quem e para que estão se "pavoneando", em cima de quem estão avançando. 
Estamos acordando, outras (eu) já acordaram. Uma hora meu marido vai ter que ir me buscar na delegacia pois terei cravado o salto no olho de um idiota desses. Talvez não chegue à isso mas, que vai ficar no chão sem poder durante muito tempo pensar em mulher, vai. 
"Mas você não pode, Kiki. Se reagir o cara subjuga você!" 
Gatas, primeiro, é por ficarmos na nossa que damos o "consentimento" para os carinhas se acharem. E, se o cara não entende limites, não reagir não impede ele de agir. 
Não estou convocando ninguém à sair dando porrada em ninguém, ok? Apenas junto minha voz àquelas que cansaram de ser vistas como adornos bonitos que podem ser indiscriminadamente cobiçadas e ofendidas. 
Não vou parar de cuidar de mim, de me arrumar, de ser bonita porque uns babacas não sabem manter a língua dentro da boca ou as mãos dentro dos bolsos!

E, para ilustrar mais...





quinta-feira, 27 de junho de 2013

Obras, obras...

Comecei tão bem esse bloguinho... coisinhas hand made, patch, criações... 
E, com o passar do tempo ele passou a receber postagens mais hardcore. Consertos, reparos, aporrinhações da manuteção de qualquer residência.

A de hoje seguirá essa linha. Compartilharei com vocês as auguras pelas quais todo locatário pode passar.
Sem modéstia nenhuma, sou uma locatária maneira.
Cuido mesmo da casa onde moro, curto, gosto que esteja tudo se não perfeito e do meu jeito,
pelo menos em ótimo estado, harmonioso.
 Cuido mais do que se meu fosse pois sei que um dia esse "relacionamento" pode terminar e não quero ter problemas na entrega do imóvel ou receber a alcunha de descuidada e tal.

Mas algumas coisas não são da competência do locatário.
Manutenção estrutural por exemplo.
Isso é algo de responsabilidade do proprietário do imóvel. E assim começa a odisséia.


Essa é minha piscina. Belo dia de sol, cristalina como eu a mantenho. 
Mas ela á antiga, como a casa. Ao lado temos um terreno da casa vizinha, 
com muitas árvores de grande porte. Mangueiras e Amendoeiras. 
Suas raízes já haviam provocado uns estragos que me forçaram a trocar algumas cerâmicas do revestimento, não sem antes fazer a retirada das invasoras e a recuperação da parede.


Isso foi em dezembro passado. Durante os meses seguintes, com o calorão que fez, 
utilizamos felizes a piscina com nossa família e amigos. 
O nível da água baixava constantemente mas, dado o calor e como era pouco, atribuíamos à evaporação.

E chegou o mês de março. Temperaturas mais amenas, menos uso da piscina e esta começou a baixar mais e mais. Perdia cerca de dois dedos de água por dia. Isso, em uma piscina de 7.00x4.00m é muita coisa.
Buscamos qualquer rachadura, falta de rejunte, tapamos toda e qualquer brecha nos azulejos.
Nada adiantava. O nível baixava diáriamente e nós só completando com água.
Claro que a conta de consumo começou a bater recordes. 
E o nível de água baixava cada dia mais. De um centímetro por dia, chegamos a quatro. 
Em abril a coisa estava crítica. Comecei a marcar o quanto baixava de nível e parei de completar. 


Contatei então a imobiliária e relatei o problema. Visto não existirem brechas visíveis ou rachaduras, acreditamos na época que talvez a piscina, sua caixa de concreto tivesse trincado por algum motivo (acomodação do terreno, água aflorando, raízes...). 
Nesse caso a competência do reparo é do proprietário. Isso foi tranquilo. A imobiliária comunicou à proprietária e esta veio acompanhada de um prestador de serviços da própria imobiliária ver o que acontecia. Como nessa visita/vistoria o profissional também constatou a princípio não haver rachaduras ou trincas em uma inspeção à olho nú, concluímos que as raízes dessas árvores  do terreno do vizinho encontraram o encanamento de filtragem da piscina e este estaria rachado.

Ok. Decidi testar mais. Ver até onde iria esvaziar.


E ela esvaziou exatamente até a parte inferior da "boca" dos canos. Estabilizando nessa altura. Confirmando a suspeita de que o encanamento era o problema. E, estando a água abaixo do encanamento, não havia mais como fazer a filtragem e de azul, foi ficando verde. Tá, cheia de produtos pois maluca não sou de ter um criatório de mosquitos mas, ainda assim, verde.

A proprietária assustada com o orçamento fornecido pela imobiliária, tratou de arrumar outro profissional por sua conta. Este, muito prestativo e educado aceitou trabalhar somente a cada três dias pois, apesar da pinta de patricete à tôa, sou alguém atarefada. Tenho trabalho e coisas na rua. 
Seguindo a sugestão dada pelo meu pai, decidimos "esquecer" a tubulação existente (que corre a uns cinqunta centímetros abaixo do piso) e fazer novo encanamento mais raso. 
Começou a quebradeira...


Primeiro quebrar a casa de máquinas e achar as descidas dos canos que seriam cortados para emendar os novos.


Seguir a quebradeira pelo cantinho da parede no chão. 



A quebradeira seguiu até alcançar a primeira entrada (a da aspiração). Ah, detalhe. Esse piso desenhado aí não tem mais. A idéia ERA fazer nesse canto uma calha e cobrir com uma grelha. ERA...

O contra piso parece concreto de tão duro. Assim, com a anuência da proprietária o cano que leva a água de volta à piscina, vai pela parede... Quebremos a parede pois.


E só vai ficando "melhor"... Para chegar nas novas saídas de água o cano segue a parede, vai por dentro da calha no chão que coleta a água da chuva e pronto. 



Lindo, não? Olha os buracos novos com seus acabamentos... Abaixo se vê ainda os antigos.



Então... os canos foram todos passados, conectados, etc e tal. Mas tudo ainda sem poder testar, e porquê? Ora, não posso encher a piscina sem que o encanamento antigo seja devidamente "matado". 
Demorou um tempo para eu conseguir me fazer entender pelo profissional e pela proprietária, mas consegui.
Assim que vamos esvaziar mais a piscina (no balde, o sistema ainda está inoperante) quebrar azulejos, encher canos com cimento e repor azulejos. Torcendo para não quebrar mais que o necessário e para que no final fique menos feio do que está ficando...




 Mas isso é querer demais. Como assim não quebrar? Sempre quebra...

Bem, enquanto escrevo esta, os azulejos terminaram de ser repostos. Os quebradinhos foram cobertos com cimento branco e, em tese, amanhã à tarde posso começar a encher a piscina (a conta de água vai ser de lascar...), e se esta não vazar, ao atingir o nível estimado, testar o novo sistema de canos.

Estando tudo certo e funcionando, o profissional virá terminar a obra. O que significa, refazer alvenaria e recolocar pisos. E aí vai ser outra novela pois a alvenaria quebrada tem uma textura estranha que ele não sabe refazer. E o piso? Ahhhh... isso é o melhor! Como a proprietária não está "na pilha" de percorrer cemitérios de azulejos e muito menos de gastar mais dinheiro, e a pastel aqui encontrou no sótão placas de um antiderrapante branco do piso da sauna, será este que será colocado.

Ué, mas é branco? O piso do quintal não é cinza e gelo? 
É. E é maior que o piso que ela quer colocar. 
Mas fazer o quê? 
Se a dona da casa não está dando a mínima para a feiúra da coisa, 
eu que entube pois não pretendo gastar um centavo para consertar preguiça e economia dos outros. 
Acho que é um barato que sairá muito caro em breve. 

E deu. Já enchi o saco de vocês. Os que tiveram tempo e paciência para ler um troço deste tamanho, claro. 

Beijos







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