Seja muito bem vinda! Cá estou eu, a Nolita, colocando as bagunças, traquitanas, criações e algumas criaturas para você ler, aprender, comentar, divergir e se divertir!

domingo, 28 de outubro de 2012

Domingo de sol...

Por uma "conjunção planetária" que ocorre a cada dois anos, ganhei um domingo de absoluto ócio. Não preciso fazer nadica de nada. Posso ficar de pernas para o alto o dia inteiro, de pijamas.
Sem ter que fazer comida, lavar a louça pós almoço (que almoço?), sem sequer ter que conversar. Sabe quando você tem a casa somente para você? Então...
Assim que abri as janelas, abri parte da piscina (só para aliviar a quentura do quintal. Nem penso em na água entrar. Dá trabalho...), pus minha seleção de rock para tocar em alto volume (escuto todo fim de semana o pagode dos outros, aturem meu rock hoje!) e, uma vez tudo do meu jeito o que fui fazer?
Limpar o forno! Tirar as grelhas, remover a crosta de gordura (auto limpante o cacete!), desmontar a porta e limpar o vidro tripo... Rsrsrsrsrsrs....
T.O.C.? Naahhhhh.... Necessidade mesmo!
Eita domingão de sol....

domingo, 7 de outubro de 2012

Manutenção...

Morar em casa é uma delícia...
 Bem, concordo em parte. Na verdade sempre morei em casas,
sempre tive horror à ficar confinada em um apartamento.
Mas, todos têm o direito de mudar de opinião e,
hoje em dia sou uma criatura com sérias tendências a confinar-me...
 
Casa é maneiro pacas sim. Principalmente quando somos crianças.
A casa de meus pais ainda que com escadas para todos os cantos por ser em encosta, me proporcionou uma infância e juventudes felizes e cheias de atividades.
Mamãe "ralava" para tirar a gente de dentro da piscina
(uvas-passa cor-de-rosa e com os lábios roxinhos éramos nós),
não precisávamos ficar batendo perna na rua para achar o que fazer e sempre podíamos
 (e o fazíamos com frequência) trazer colegas para passar o  dia ou até mesmo o fim-de--semana.
O que nos era exigido em troca de tanto divertimento era pouco:
 antes de cair na piscina, tirar todo o cocô dos cachorros e lavar.
 Ainda assim isso era uma novela... ah, era bom ser criança.
 
E aí chego eu ao motivo de minha mudança de estilo.
Cresci vendo meu pai consertar praticamente tudo lá em casa: chuveiro, torneira vazando,
 trocar fiação, disjuntores, resolver entupimentos, quebrar e consertar paredes, trocar telhas, fazer arremates, trocar piso... Ele sempre gostou e soube fazer ou aprender a fazer.
Era uma baita economia de grana em tempos de classe média estrangulada, vai.
Peguei o jeito. Sou uma faz-tudo competente e, em tempos de grana curta isso sempre me quebrou galhos na hora que as casas em que morei precisavam de alguma manutenção.
 
Mas isso cansa. Cansa porque você se machuca fazendo dessas coisas,
você se arrisca subindo em escadas, tomando tombos, prendendo o dedo... enfim,
sou mestra em me arrebentar toda e, como passo muito do meu dia sozinha, me arrebento sozinha. Tenho que eu mesma prestar os primeiros socorros quando o que quero mesmo é desmaiar pela dor. E assim, nesse ano decidi que não mais iria correr para consertar as coisas.
Que ou pagaríamos alguém para o fazer ou ia ficar quebrado.
 
Ah, dona Nolita... cadê sua palavra de honra?
 
Essa semana pifou (mais uma vez) o automático da bomba daqui de casa.
O comentário foi: "chame alguém para consertar isso, amor"... - Sei...
O "problema" é que NÃO TEM QUEM CHAMAR. Os famosos faz-tudo são a enrolação em pessoa. Querem pegar todos os serviços ao mesmo tempo, não terminam nenhum e nem fazem direito.
Eu ainda tenho outro problema, meu marido não entende patavina de coisa nenhuma que envolva instalação elétrica ou hidráulica ou de qualquer espécie.
 O que significa que ele fica à mercê do que o faztudoquandoquer diz que aconteceu ou que irá fazer. Assim o raio do carinha faz a meleca mal feita de reparo que for, dura uma semana e tudo vai para o ralo (inclusive o dinheiro que pagamos para o conserto).
Eu supervisionar? Nem em sonho! "Como assim você, mulher, vai ficar ali vendo e orientando o cara?" - Não posso, por ser mulher...
 
E, com tudo isso, quem se estressa sempre sou eu.
Já que é para estressar, prefiro me estressar martelando o dedo, cortando metade dele fora,
 tomando choque, batendo a cabeça nos caibros do telhado ou caindo do alto da escada dando com a cara no chão. Vamos trocar essa me*** de automático!
 
Troquei o disjuntor, troquei o fio de bitola errada que havia "fritado" e dado o curto.
Troquei o automático da cisterna, que foi-se no curto e... funcionou, claro!
O que não está funcionado é o automático da caixa dágua que também vai ser trocado.
 Mas esse, só amanhã!

Ninho de rato... trabalho de faztudoquandoquer é assim, essa meleca! Afff....

 
E daí vem a minha mudança de pensamento sobre o confinamento.
Casa é legal pacas mas quando você é ou tem crianças
para que valha a pena tanto estresse em manutenção.
É maneiro quando você curte a casa, curte com família, curte com amigos...
Quando a casa é somente o repositório de móveis e o lugar onde você descansa ao fim do dia,
um apartamento resolve.
Ainda mais se rolar uma varanda para as suas plantas, para sair das quatro paredes!
 
Quero (em uma situação como a que descrevi acima) ler na portaria o comunicado para economizar água pois estão fazendo a manutenção da bomba e, girando nos pés, ir almoçar na rua!
 
Mas e os cachorros? Calma. Não disse que estou de mudança.
Só o que mudou foi meu pensamento. Meus cachorros vão bem obrigada.
E ainda que por causa deles eu não possa hoje morar em apartamento, não vou abrir mão deles.
 Pelo menos "alguém" verdadeiramente curte a casa!
 
 
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